“E
cabe tudo mesmo numa crônica,” inclusive a crônica, essa que com prazer vai
preenchendo o branco do papel, acabando a tinta de minha tão usada caneta,
destampada porque não gosto de tampas, aliás, tudo que prende, digo, que tampa,
sufoca. Limita. E há tempos andava assim, limitada com ocupações diárias, presa
ao tempo que anda veloz por demais, chega acabar-se antes mesmo de ser
preenchido, e na corrida contra o tempo, paro, medito, acalmo, sonho e viajo
pelas crônicas do livro do muito amigo Bruno Paulino.
A Menina da Chuva (Premius-2013)
chegou-me trazendo elogios na dedicatória, fiquei até com medo de não
corresponder a tanta gentileza, porém, em forma de lamento concordo com autor,
“dificilmente agradecemos, dificilmente conseguimos ser gente gentileza”. Como
lhe sou grata meu querido! Como sua escrita me sossega a alma, saiba Bruno, que
é “Aquela fé” de coração inteiro que nos permite sonhar, e pintar nossos sonhos
da cor que desejarmos, do verde esperança ou do azul, “para além do céu e do
mar”, ou mesmo das “Alvinegras Lembranças” que contigo sentava junto ao sofá,
no mais, por tantas “Acontecências” deixo-te a certeza que em tudo um propósito
há, do jeito que o tempo tem corrido, logo, logo o retorno terá, talvez lhe
caia como chuva, ou como herança de sua avó, esse apego, essa lembrança, esse
azul, esse zelo que com crônicas vem nos falar, são histórias assim, contadas
pelo “menino que virou passarinho” e agora se faz “homem grande (lê-se
adulto)” que a nós leitores vem cativar. É isso amigo meu, deixo a quem
interessar possa a alegria em forma de crônicas, e antes que minha crônica lhe
ocupe por demais o tempo, que continua correndo sabe-se lá pra onde, aqui fica
um último apelo e a maior riqueza da Menina da Chuva, “odiar é inútil, perde-se
tempo, perde-se dinheiro, perde-se a vida, pior ainda, adoece a alma”. Sejamos
gratos, pois o tempo de amar nos é dado! Abraço de chuva, de chuva no sertão!
Por Lena Lázaro, Graduada em Letras e Sensibilizadora de Leitura do Projeto Bibliordas.
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