Um dos filmes que
mais gosto, apesar do seu final triste é “A Vida é Bela”, que tem uma trilha
sonora comovente de Nicola Piovani. O filme é de
1997 e conta a saga do romântico, divertido, e atrapalhado livreiro Guido, que
foi levado para um campo de concentração nazista, na Itália dos anos 40, junto com
seu filho.
O que impressiona
no filme, e no personagem Guido, é que mesmo ciente da gravidade da situação, o
pai consegue com muita imaginação transformar os horrores da rotina do campo de
concentração em regras de uma gincana divertida, pelo menos aos olhos do filho
de 6 anos. O intuito era proteger o filho do terror e da violência que o
cercava. O filme traz o contraste entre os espinhos e as flores, entre a
vontade de ser feliz e a monstruosidade da guerra. Entre o desejo de amanhecer
e as agruras da noite longuíssima, mas sempre com a esperança de que depois da
tempestade virá certamente a bonança. O filme é crítico, porém é seu espírito leve
o responsável por comover plateias do mundo todo ao falar de um dos maiores
dramas do século XX: o holocausto.
É esse otimismo
incansável por entre o ambiente trágico que toca na história de Guido e sua
família do começo ao fim, e a torna, como disse seu diretor Roberto Benigni, um
hino ao fato de sermos condenados a amar poeticamente a vida porque ela, no fim
das contas, ainda pode ser bela. E assim o pai caminhava para a morte e se preocupava com a vida do filho, pois dessa forma o amor sobreviveria, e com amor a vida pode sim, ser bela.
por Bruno Paulino
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