Coisa rara é um bom toró nessa
terra que parece metáfora pra o estio no meu peito. Lembro que choveu quando
perdi um grande amor. Chove agora, chovia quando o
mensageiro me entregava um envelope pardo com letras grandes, o meu nome. E...
“Há muito tempo não chovia. Da última vez ela já
nem se lembrava mais, andava mesmo esquecida das coisas, esquecida da vida.”
[‘A menina da chuva]
“Minha pequena Alice chega como a chuva, carregada
com alegrias.” [‘Minha pequena Alice]
“Nada de boneca de pano falante ou espiga de milho
inteligente.” [‘Por entre bonecas de pano e palhaços macabros’]
“O amor começa. Não importa como ou onde./ Pode
começar no meio da rodoviária lotada enquanto se espera o ônibus. Pode começar
num [...] Apenas começa” [‘O começo do amor’]
Recomeça agora o meu amor pela crônica, gênero que deixei guardado dentro de um livro de Bandeira. Com a chuva, com esta menina, como sempre: com poesia.
Recomeça agora o meu amor pela crônica, gênero que deixei guardado dentro de um livro de Bandeira. Com a chuva, com esta menina, como sempre: com poesia.
Bruno, o seu livro é lindo, por dentro como se pode
perceber pelo gostinho que estes excertos nos deixam, lindo em não refletir a
luz alta combinada com a chuva. E essa moça que me lembra a Marjane. Lindo como
objeto de arte e como chispa a disparar os desejos mais ternurantes também em
minha filha: “Mãe, esse não é só de adulto, né? Eu quero muito ler esse livro”.
É, hoje você ganhou duas leitoras.
Por NINA RIZZI, Escritora, Poetisa
e Tradutora.
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